Ferramenta estima quanto tempo falta para o segurado se aposentar, mas os vínculos de trabalho precisam estar atualizados no sistema. Para alguns grupos, calculadora não funciona.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) disponibiliza, em seu site e aplicativo, um simulador de aposentadoria, para pessoas que estão prestes a adquirir o benefício calcularem quando poderão começar a receber.

O sistema faz sete cálculos diferentes, para verificar quanto tempo para a idade mínima ou quantas contribuições faltam para o segurado ter direito de se aposentar, de acordo com as várias regras da previdência. E para quem falta, no máximo, cinco anos, a ferramenta também simula o valor do benefício.

Apesar disso, especialistas em direito previdenciário alertam que, em muitos casos, o simulador não revela, automaticamente, as informações corretas.

Isso porque os dados do contribuinte no CNIS, o Cadastro Nacional de Informações Sociais, de onde o sistema pega as informações para calcular o benefício, podem estar desatualizados ou incompletos.

O simulador também não considera algumas particularidades dos contribuintes que garantem a aposentadoria mais cedo, como o caso de professores, de pessoas com deficiência ou que atuam expostas a algum agente nocivo à saúde.

Por isso, antes de entrar com o pedido, é essencial checar e atualizar as informações do CNIS, no próprio site do INSS, e ter em mãos todos os documentos para comprovar possíveis condições especiais.

Entenda, a partir dos tópicos abaixo, os problemas mais comuns no cadastro e como resolvê-los.

‘Feche’ o vínculo de trabalho 🔒

O CNIS reúne os vínculos de trabalho, contribuições previdenciárias e salários do segurado. Um dos erros mais comuns nesse cadastro é a presença de vínculos trabalhistas abertos, explica a advogada Janaína Braga, do ecossistema jurídico Declatra.

“Às vezes, a pessoa se desliga da empresa, mas a data de saída acaba não constando no cadastro. Então, a calculadora não computa aquele período e o tempo de contribuição aparece menor.”

Para solucionar esse problema, basta ajustar as datas manualmente no sistema (clicando no lápis), e o trabalhador poderá obter um resultado mais preciso no simulador do INSS, orienta Adriane Bramante, presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-SP.

Também é possível alterar os salários recebidos em cada período, se estiverem incorretos, e incluir contribuições autônomas ou possíveis vínculos de trabalho que não foram computados.

“No caso de quem já trabalhava antes de 1976, quando o CNIS começou, o sistema não vai encontrar esse vínculo. Ou também pode não aparecer alguma empresa para a qual o trabalhador fez um serviço temporário”, comenta Bramante.

“Já em relação aos salários de antes de julho de 1994, o contribuinte nem precisa se preocupar em corrigir, porque eles não entram no cálculo do valor da aposentadoria”, continua.

Apesar da facilidade para alterar os dados no simulador, na hora de entrar, de fato, com o pedido de aposentadoria, o segurado vai precisar comprovar as informações incluídas, com a apresentação da carteira de trabalho ou outros documentos trabalhistas.

“Ao apresentar a carteira de trabalho no pedido, com todas as páginas, o servidor que faz a análise vai poder fazer a correção no CNIS, se tiver qualquer erro”, explica Janaína Braga.

Fonte: https://g1.globo.com/trabalho-e-carreira/noticia/2025/01/21/simulador-de-aposentadoria-do-inss-como-evitar-erros-e-deixar-calculo-mais-preciso.ghtml


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